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que tudo de raro se destrua a fim de raro permanecer
e tudo de comum também se deve dizimar pois o comum existe em abundância e nunca acaba
e entre raro e comum está o homem
transformando o mundo em sucata
mentindo para si mesmo sobre seus desígnios e de tão burro acreditando nas próprias mentiras
não sei por que aceito ser mais um mas sei que sou
e esta consciência só faz tudo pior
quem disse que o conhecimento liberta não conheceu édipo
nem a mim
vivo imerso nesta vida
que indubitavelmente conduz à morte
esse conhecimento esmaece qualquer desejo de vida
até que sentamos parados os olhos sem função a boca cheia de movimentos involuntários
esperando o apagar
esperando que o dia seguinte não venha e as lembranças não voltem
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