558
manhã esquecimento
o frio oblitera-me a percepção
não sei por que parei de dormir
nem mesmo sei por que me deixei nascer
minha vida como a de tantos é viver diante do muro
crendo-o horizonte
como todos
e lá um dia ser devorado
esquecimento
a condição dos imbecis em paz
deus na parede
manufaturado
morto qual múmia
de todo modo deus é um tormento
a falta de paz escrita em tudo
somos eu e a loucura
e minha cabeça querendo ser arrancada
triste não é bem a palavra
nem possesso
nem devastado
afinal olhem para este rosto
o mais improvável
o que me coube
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home