15.6.08

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nem parecemos donos de algo

tudo acaba

menos este engano

cujo fim parece ser a morte

se é que fim há

talvez a danação seja eterna

talvez a consciência nunca nos deixe

a fraqueza o impulso e a consciência

impossível inferno maior

mas há

o medo da morte

decerto mais terrível que a morte mesma

e no fim vem o fim

mas quiçá deixamos plantada uma semente

nossas faces com suas expressões gravadas na face deste planeta

nossas mentes com tantas outras a ecoar no universo

tudo um conflito sem fim

tudo um permanente advento

não sei se estamos vivos não sei se teremos direito à morte

pensamos que existimos

isso nos incha de certezas

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

evoé, poeta, evoé!
tem sabedoria tua lá n'O Lobo (www.olobo.net). de novo, tomei a liberdade de batizar a mesma. espero que não te importes - se for o caso, é só dizer, que mudo, ou suprimo.
clap, clap, clap - como sempre.
baita abraço meu

15/6/08 14:59  

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