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dias sempre de sol
mesmo que tristes
não penso em praia
como fede a maresia
e o frenesi dos turistas com suas panças cheias de bosta e suas caras ansiosas
turistas e trabalhadores
todos tão empenhados em cumprir sua principal tarefa neste mundo
decompositores do meio ambiente
e depois de tudo passado
quando tudo estiver no fim
quem poderá dizer não àquela cara de pobre coitado
que só um humano sabe fazer
todos os outros animais têm dignidade
aceitam o fim das coisas
sofrem com classe
elegância mesmo
o homem porém especializou-se na arte do esperneio
na arte de lesar tudo e todos e depois em lágrimas copiosas rogar humildemente a deus que lhe devolva tudo que ele homem botou pela janela
e se deus como sempre não responder então há o espetáculo
toda aquela cena a fim de demonstrar quanto o sofrimento o destrói
quão cruel é seu destino
o qual ele roga a deus para ser mudado
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