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é difícil conviver com minha falta de valor artístico
com minha pouca capacidade de expressão
e com esta pulsão infrene de brilhar
é como se no mínimo dois me habitassem
como se este corpo fosse um condomínio
ou uma sucessão de enclaves
só sei que não é pacífica
não é nada pacífica esta convivência
vivo em mim
não sei bem onde
desejando que todos os desejos sejam satisfeitos e mortos
talvez assim eu pudesse libertar deus ou minha descrença nele
bem como talvez meu talento ou minha falta dele
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