25.9.08

694

despejo mais algumas palavras

estas coisas nem sempre bem articuladas nem sempre bonitas quase nunca minhas

uma coisa que vive da loucura vizinha

que me faz indiferente ao próximo e ao vizinho e ao distante e ao inexistente

nada mais havia

então ele morreu

torcendo para que aquilo fosse o fim

fim definitivo

zero

total e completo

adiante de mim vejo minhas mãos buscando não sei quê

buscam

querem viver

agitam-se no vazio

agarradas à vida

qual carrapato

sem nem cogitar se é o melhor ou o pior

noite passada quase sufoquei durante o sono

não sei por quê

a vida um dia acaba

antes acabar que piorar