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não há satisfação para a alma
nada que silencie
é todo tempo jogado para todo lado
ter todo tipo de sentimento e não ter nada
sentir cá dentro este âmago frio apático
como se todo o turbilhão nascesse de uma urna funerária
respeitem o defunto
estar aqui é um sutil castigo
viver em tormento nesta paz de cemitério
ter que empurrar este fardo através do tempo
buscando neste repertório tão estreito gesto que não resulte em tirar mais terra do buraco
mas tudo conduz a um só caminho
não há sorte que nos livre de deus
não há saída
a vida é absoluta
deus pode nos dar tudo
ele só não dá liberdade
meu saco já está cheio de seu amor
e de sua escrita certa por linhas tortas
estou de saco cheio do criador
e de suas criaturas
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