657
não sei bem que mal-estar é este
sei porém que ele vem crescendo com o tempo
meio que aos poucos
meio que como quem nada quer
não sei por que tão lento
se viver é sentir o tempo a erodir-me
bem que podia passar como um raio
sem feridos
se viver é sofrer
qual o propósito disto
se mesmo quando tudo se tem
nada se tem
e o dia
o dia escorre entre os dedos desta mão crispada
e a terrível dor horripila-me a nuca
e ela nem é tão terrível assim
é só dor
já nem sei se posso chamar o ar que entra e sai de respiração
ofego
e parece que o coração está por uma batida
em tristezas me consumo
e esqueço que não lembro
é toda uma máquina
construída ao acaso
e servindo a um fim bem claro
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home