378
sinto-me em dívida
como se eu me pudesse poupar da morte
como se a morte o pudesse
desde que eu me dobrasse a sua vontade
sempre será cedo
sempre extemporâneo
tudo vai mudar um dia
mas enquanto tudo não muda
vivo a ilusão de que tudo é imutável
de que sou a única coisa imóvel neste universo
um dia terei que liberar a vaga para o próximo
e ninguém me pedirá licença
serei despejado de mim
tão simples
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home