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a vida vai se fazendo nó a nó
embaraçando-se um a um
conduzindo-nos para longe da entrada e da saída
tudo conspira de modo a manter-nos no mesmo lugar
já me convenci de minha desimportância
e não posso descrever o pavor de que me vi tomado ao percebê-la
a vida não parou para eu me ajustar à verdade
estou correndo atrás de mim
e me vejo cada vez mais distante
tudo na vida são espelhos
em que vejo minha falta de cara
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