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a felicidade exige sacrifício dor tristeza e credulidade
o mundo nos oferece o caminho
o salto no escuro
dizendo que lá no fim ela se encontra
aquilo
que palavras não constroem
que muita vez sequer aparece no horizonte de uma vida inteira
mas aceitamos o risco
tamanha a ganância
tamanho o desespero
de tal modo que já nem se lhe poderia chamar simplesmente desejo
loucura seria pouco
na verdade não há palavra que de longe pinte o quadro da patética busca do homem pela tal da felicidade infinita
ou coisa que o valha
que torna infinda a frustração
que causa tanto ódio
e do ódio tanto medo
e então veneramos a coisa chamada deus
nosso fetiche favorito
o regozijo que nunca
nossa forma de dar as costas para o fato de sermos feras num mundo de feras
de esquecer que quando não predamos somos predados
e que nunca seremos diferentes
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