23.8.09

1026

o tempo sempre passa
empurrando-nos
até jogar-nos fora
e deixar-nos
com nossa beócia perplexidade
condenados a meio saber
tudo que sinto
é o desespero de não sentir
de viver fundado na infundada convicção de que deveria
mas aqui dentro há só desgoverno
a velha vida
sempre longe