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o tempo sempre passa
empurrando-nos
até jogar-nos fora
e deixar-nos
com nossa beócia perplexidade
condenados a meio saber
tudo que sinto
é o desespero de não sentir
de viver fundado na infundada convicção de que deveria
mas aqui dentro há só desgoverno
a velha vida
sempre longe
o tempo sempre passa
empurrando-nos
até jogar-nos fora
e deixar-nos
com nossa beócia perplexidade
condenados a meio saber
tudo que sinto
é o desespero de não sentir
de viver fundado na infundada convicção de que deveria
mas aqui dentro há só desgoverno
a velha vida
sempre longe
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