11.12.08

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vamos à rua sem olhar para os lados com os olhos só para frente esperando não ver porque o que vemos na mente e que a imperiosa voz diz que veremos fora de nós é dor castigo gemidos mas vamos à rua mortos de medo sem espaço para um fiapo de fio entre os dentes querendo viver e matar impunemente certos de haver desgraças felizes vamos buscar o sonho a saída uma última dose de tudo que se vê lá fora tem um pouco de tortura do sentir acaso e esquecimento deve ser algo assim que nos mantém aqui pois se olharmos bem olhado nossa que mundo de loucos todos soltos na rua com plena licença para não viver querendo sair não se sabe se do mundo se de dentro de si se do meio de alguma das tantas lutas que não temos idéia de por que são lutadas todo o caminho recamado dessa alegria que não é minha o mundo todo a tratar da infinita tristeza