11.9.09

1045

vivo pendurado na vida
em galhos prestes a quebrar
sinto-me prestes a cair sobre mim e me esmagar
não sei sempre há uma desgraça uma perda
a vida é subir tão alto e cair tão rápido
nada nos põe no lugar
o velho ciclo
pensamos ter mudado
pensamos nada nos muda
sempre vendo diferenças
e sentindo-as iguais
não gosto de deus
não gosto do diabo
e não sei como viver sem eles
toda uma vida jogada fora
tudo se esvaindo
tempo dinheiro alegria saúde
e eu no meio da pista
sem saber de que lado fica a calçada
esta doença não me enlouquece não me enfraquece nem me impede de fazer nada
apenas me faz viver