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ou é o tédio ou é a fúria
que tédio
nunca passo de mim
por aí
pelos cantos morrendo
agarrando-me a qualquer fio de esperança
não importa quão mesquinha
é a idéia que tenho de eternidade
a rua sem cor
e eu rezando por um fim
um móbile de defuntos decorando a sala
tudo é para sempre
e entretanto acaba
e acreditamos em tudo
ou em nada
simplesmente não sabemos o caminho
fechamos os olhos e dizemos é por aqui
não que eu tenha pedido tão pouco
só não imaginava que fosse tanto
nem tão estranho
nem tão lento um percurso tão curto
diga-me o que devo sentir
diga-me qual é a fórmula
para que eu seja o novo senhor da vida
o administrador da dor do mundo
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